domingo, 22 de maio de 2011

Dia de churrasco

Sendo abençoado mais uma vez com um belo dia de sol (embora hoje o famoso mau tempo da Inglaterra tenha dado as caras por aqui na parte da tarde), tive a oportunidade de participar de um churrasco tipicamente britânico, realizado na casa da Denise e do Andrew, amigos da Alessandra e do Stuart (apenas relembrando, Alessandra é minha irmã e Stuart seu marido).

Antes mesmo de sair de casa, o novato foi advertido que churrasco (barbecue) por aqui não tem nada a ver com o churrasco que os brasileiros estão acostumados. A carne assada se reduz a salsichas, alguns hamburguers ou algo de gênero. Nem tão pouco é preparado na churrasqueira que nós conhecemos. Pode ter sido feito a forno, mesmo. Na verdade, o churrasco se parece mais com o que chamamos de "junta panelas", cada um prepara algo especial e todos compartilham a refeição no jardim. O grande barato, no entanto, é poder observar essa confraternização entre as pessoas e perceber que amigos são amigos em qualquer lugar do mundo: riem juntos, fazem piadas uns dos outros, contam estórias e trocam abraços.

Um ponto que me chamou a atenção foi a postura do anfitrião, o Andrew, que ao saber previamente que o novato brasileiro estaria presente, fez questão de lhe dar toda a atenção, conversando em inglês de forma bem pausada e mesmo falando algumas frases em português. Mas mais do que isso, ele estava muito bem informado sobre diversos assuntos do Brasil (politica, geografia, problemas sociais, futebol e etc) sobre os quais conversamos e fiquei até um pouco envergonhado de não conhecer suficente sobre o Reino Unido para retribuir-lhe a bondade. Mais tarde, fiquei sabendo que ele já esteve no Brasil e inclusive mantém contato permanente com alguns amigos brasileiros. Esta foi uma surpresa muito boa, uma excelente impressão quanto a educação e gentileza do povo britânico.

No final da festa, caminhamos um pouco pelas ruas, para registrar mais fotos e recordações, e me chamou a atenção a idade das casas. A casa onde estávamos foi construída em 1854, ou seja, tem mais de 150 anos, e a estrutura continua firme. Diferentes gerações de diferentes famílias moraram ali, e a única queixa da dona da casa é que a mesma é fria no inverno, porque as paredes não foram construídas com a mesma ténica que se utiliza hoje. A casa pode ser vista na foto acima e o detalhe da fachada revela o ano em que a casa foi erguida. Eu já havia visto muitas construções antigas preservadas como monumentos, mas nenhuma em pleno uso, como o caso dessas casas.

Por hoje é só. Tem muita coisa planejada para esta semana, incluindo uma conferência técnica sobre MATLAB e uma visita a Oxford. Portanto, hora de dormir...

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