segunda-feira, 13 de junho de 2011

Viena

O Danubio (Azul???)
Bem, oficialmente, hoje foi o primeiro dia de Austria. Digo oficialmente porque ontem o novato aprendeu como lavar suas roupas em um hostel, e acabou conhecendo uma lavanderia da Austria, mas nada relevante em termos de viagens. Foi uma experiência meio traumatizante, pois por um momento ele pensou que teria que fazer o passeio de hoje vestindo pijamas, quando a máquina de secar roupas parou no meio do processo e exibiu uma mensagem em alemão que segundo o manual em inglês significa "chame a manutenção". Mas no fim das contas deu tudo certo, apenas umas 2 ou 3 peças de roupa destruídas, nada que comprometesse a continuidade do nosso itinerário.

Quando se vem da Alemanha para a Austria, as diferenças são sutis. Não sei quem copia quem, mas a gente ouve o mesmo idioma, vê um modelo de transporte público muito parecido, os hábitos das pessoas nas ruas parecem similares, enfim, por alguns detalhes e a gente nem perceberia que está em outro país. Mas quando se começa a caminhar por Viena, as diferenças surgem, de forma bem visível.

Como descrever Viena... Creio que a melhor palavra é arte. Tudo que se vê, tudo que se nota ao redor, tem uma conotação artística muito forte. Começamos pelas ruas e vielas mais estreitas, mostrando uma cidade que conta com alguns anos em sua existência, mas logo atingindo as grandes praças com uma extensa área verde e construções imponentes que parecem afirmar que aquilo foi no passado um rico e próspero império, a arquitetura do neoclássico é abundante. E a riqueza em música, indescritível, tanto que Viena é considerada mundiamente a cidade dos músicos. Eu contei pelo menos uns 6 teatros onde ocorrem concertos simultâneos, praticamente todas as noites. E além dos concertos há dança, teatro cênico, museus relacionados a arte, e tudo que se possa imaginar.

Montei meu itinerário de passeio para hoje, e tive que tentar ser disciplinado para seguí-lo a risca. Vários museus pelos quais passei eram extremamente tentadores, mas eu sabia que se caísse na tentação, não chegaria ao Danúbio, meu primeiro objetivo. E lá foi o novato, caminhando, tirando fotos, parando pra babar nas grandiosas obras arquitetônicas dos museus e teatros, entrando nas lojinhas de souveniers para ver o que havia de interessante e barato. Cheguei finalmente ao Danúbio às 14 horas, com muita fome e sede. Daí, veio a única decepção do dia: o Danúbio não é azul! Não sei se na época do Strauss ele era azul, mas hoje ele estava algo entre verde e cinza, aquela cara de rio de cidade mesmo, onde se vê boiando algumas coisas que não deveriam estar ali. Enfim, limpeza talvez seja um problema na Europa, como em todo lugar, onde ainda se vê elementos humanos urinando nas esquinas, demarcando o território. Mas a vista do Danubio é bonita, moderna, projetando ao fundo um prenúncio dos alpes austríacos. Objetivo atingido, pegamos a primeira foto pro post de hoje.

Visão interna do Musikverein
Iniciado o caminho de volta, aproveitando a luz inversa para obter fotos melhores de vistas que estavam à sombra pela manhã, me dei conta que faltava algo, algo de suma importância que eu não poderia deixar de fazer. É inaceitável vir a Viena e não assistir a um concerto. E eu tive um baita de um problema, porque hoje era feriado, estavam ocorrendo apenas dois concertos na cidade e os preços eram bem salgados. Nem teve jeito, o novato foi pro sacrifício, e abriu a carteira, garantindo o ingresso em um concerto da Wiener Mozart Orchester, no renomado teatro Musikverein.

E assim fechamos o dia: após quase 2 horas de um seleto repertório de Mozart e finalizando com o Danúbio Azul de Johann Strauss, conclui minha primeira impressão de Viena: uma cidade viva, com muita arte e música da melhor qualidade. Mas a viagem tem que continuar.

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