sábado, 25 de junho de 2011

Vive la France

Vista parcial de Notre Dame
O novato tem hoje a difícil tarefa de sintetizar as últimas 72 horas em um único post, até mesmo para evitar a síndrome de ficar vivendo do passado. Mas acredito que ele tem condições plenas de fazer isso em uns poucos parágrafos, então vamos lá!

Após uma extenuante viagem de trem de quase 24 horas, consegui finalmente dizer adeus à Itália e chegar a Paris. Como se fosse um presente grego de despedida, me deparei com uma paralisação dos trens na Itália, que até agora não entendi direito do que se tratava, uma vez que eles não dão quaisquer informações, apenas mandam você esperar. Quando o serviço foi reestabelecido após quase 3 horas, era gente a dar de rodo, e consequentemente todos os trens atrasaram. Finalmente consegui embarcar para Roma, e em Roma pegar um trem noturno para Paris. Aqui segue uma recomendação: quando precisar viajar de Roma para Paris, NÃO pegue um trem noturno italiano. Esses trens são lentos, sujos e nada confortáveis. A dica (que gostaria de ter descoberto antes) é ir até Milão em um trem rápido (o que vai levar em torno de 3 horas) e em Milão pegar um trem francês para Paris (que fará o trajeto em 6 horas). O trem noturno que peguei levou mais de 15 horas para percorrer o trajeto, e por motivos obscuros, parava em várias estações, permanecendo mais de 30 minutos em algumas delas.

Primeira visão do Arco do Triunfo
Quando se chega em frangalhos em Paris, após uma viagem cansativa como a descrita acima, torna-se impossível aproveitar a cidade, e para minha sorte, não era esse o plano. Uma vez que encontrei-me com minha irmã e seu marido em Paris, o itinerário de viagem agora segue por conta deles e eu volto a ser um convidado e expectador. Assim, ficamos apenas por algumas horas em Paris, o suficiente para ver a Catedral de Notre Dame, caminhar pele Quarta Latina (e jantar por lá também, é claro) e passar de carro por alguns pontos importantes, como o Louvre e o Arco do Triunfo. Mas isso sem problemas, pois o plano é voltar a Paris com calma nos próximos dias, algo que pode parecer frustrante para alguns de meus amigos que lêem esse blog e esperavam ansiosamente por Paris. A estes, peço mais um pouco de paciência. Mas posso antecipar que Paris é realmente uma cidade atrativa e muito diferente de todas as demais, mas isso fica para um post específico sobre o tema.

Seguimos viagem no dia 25 rumo a Deauville, uma pitoresca cidadezinha a noroeste de Paris, na região da Normândia (para felicidade suprema do meu amigo Teobaldo, que muito em breve receberá a menção honrosa deste blog), próxima à praia francesa. No caminho, tivemos problemas com o carro, o que apesar de ser um inconveniente, nos deu uma oportunidade única de conhecer Rouen (outra cidade no caminho) e experimentar um pouco da hospitalidade francesa. O carro apresentou problemas ainda na estrada, mas o Stuart conseguiu conduzir até a entrada da cidade, onde estacionamos em uma rua residencial e chamamos o resgate da seguradora a partir dali. Não demorou muito para que alguns moradores viessem a rua para descobrir o que havia acontecido. Com um pouco de dificuldade na comunicação, os moradores foram muito atenciosos para conosco, inclusive oferecendo ao Stuart a opção de guardar o carro na garagem de uma das casas. Foram ao todo 6 horas de espera um excelente exemplo de globalização: uma seguradora britânica enviou um mecânico francês para consertar o carro alemão onde viajava o novato, brasileiro. Após os detalhes, seguimos viagem, chegando a Deauville no final do dia.
Vila em Rouen, onde o carro quebrou

E amanhã, vamos descobrir mais sobre a França!

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